Material Necessário: Bíblia, velas para cada participante. A sala onde se realiza a celebração deve poder escurecer-se completamente. No centro da sala ou um lugar de destaque, coloca-se uma imagem do Sagrado Coração de Jesus e ao lado uma vela onde representará a luz de Deus.
Introdução: (A ser em sala separada): divide-se a Assembléia em 6 pequenos grupos ou duplas. Cada grupo corresponde a um dia da Criação. Cada participante, identificando-se com um determinado dia da Criação, tentarão vivenciar ao máximo, a “Sua” criação, o seu nascimento e aparecimento no mundo e no universo. Por exemplo, se no primeiro dia Deus criou a terra, os participantes do grupo ou a dupla 01 procurarão fazer parte da maravilha que é ser Céu ou Terra, etc. Do mesmo modo quando for lido o texto do anti-gênese. O dia da criação representará os dias de nossa história.
Ambientação: A sala deverá estar escura e acessa somente a vela central, as outras velas vão se acendendo (ou apagando) conforme a leitura do Gênesis ou Anti-Gênesis. Cada participante deverá estar já na sala com uma vela na mão (apagada) e ciente do número do dia.
Comentarista: Iniciemos nossa celebração, manifestando que Deus é comunidade e nos reúne em Nome do Pai, do Filho e Do Espírito Santo. Cada um de nós representa um dia da Criação. Mergulhemo-nos nesta maravilhosa realidade de sermos criados no amor de Deus. Á medida em que forem lidos os dias da criação, as pessoas do Nº do dia mencionado aproximar-se-ão de Cristo e ascenderão as velas, em sinal de presença do amor e da luz de Deus em sua vida.
Leitor 01 - Gn 1,1 a 2,4 (leitura pausada, devagar, fazendo uma parada depois de cada dia da criação, permitindo que as pessoas ascendam as suas velas). Depois da Leitura, quando todos já tiverem com as suas velas acesas, pedir-se-á aos participantes que partilhem o que significou para eles o dia da Criação que vivenciaram.
• Rito da Escuridão:
Comentarista: O amor de Deus, na criação, é podado e sufocado pelo egoísmo do Homem. É a história do pecado na história dos homens e na nossa história. Vamos agora representar a participação de cada pessoa, na ruptura com o plano de Deus, do mesmo modo que representamos o dia da Criação. Agora tentaremos vivenciar um dia da destruição. Mergulhemos nesta realidade de pecado que destrói e sufoca o amor de Deus. A medida em que forem lidos os dias do anti-Gênese, as pessoas do nº do dia mencionado apagarão as suas velas, em sinal de ruptura com Deus e com os outros homens. Serão as trevas do egoísmo entrando na nossa história e na nossa vida.
Leitura do Texto do Anti-Gênese
Leitor 02: Perto do Fim dos tempos, o homem quis viver só, longe do Deus que o criou. Assumiu-se como absoluto e senhor de toda a terra. A terra era bela e fértil, a luz brilhava nas montanhas e nos mares. A terra estava cheia de vida, o azul do céu resplandecia e o ar era puro.
Disse então o homem: Dividamos então o céu e a terra... Que alguns homens possuam todo o poder sobre o céu e outros sobre a terra. Que a ganância de possuir mais dê origem a discórdia e lutas fratricidas, e assim o sangue humano seja derramado sobre a terra. E assim foi. Foi a Primeira Noite antes do Fim. (o grupo do 1º dia apaga as velas).
O Homem disse: Tomemos o céu que ele seja cinzento, cheio de fumaças e gases venenosos e que o ar seja poluído. Lancemos nele foguetes, aviões, “Scuds”e bombas “inteligentes”. E assim se fez. O homem achou que assim era melhor. As pessoas começam a levar máscaras anti-gases. Foi a Segunda Noite, antes do fim (o grupo do 2º dia apaga as luzes, ou seja, velas).
O Homem Disse: Que as águas sobre a face da terra se encham de navios de produtos químicos e de lixo das cidades. Que naveguem, nas águas, no fundo dos oceanos, submarinhos atômicos, capazes de poluir e destruir povos sobre a terra. E o homem afirmou: Acabamos com o verde das florestas. Coloquemos no seu lugar plantas que dêem mais lucro, prédios que acumulem riquezas e asfalto, para que não nasçam mais plantas. E assim se fez. Os homens ficaram encantados com o “avanço” conquistado. Foi a Terceira Noite antes do Fim. (O grupo do 3º dia apaga suas velas).
O Homem Disse: Não nos importemos mais com o sol, com as estrelas e que a Luz perca o seu encanto. Façamos nós mesmos os nossos luzeiros, e que sejam coloridos, para que brilhem nas noites de nossas cidades. E que as bombas sejam lançadas ao céu, para fazer o mesmo clarão das noites de tempestade. E assim se fez.
O homem abafou o encanto da lua e das estrelas e, no seu lugar, colocou satélites espiões. O homem viu tudo o que tinha feito e ficou orgulhoso de sua façanha. Foi a Quarta noite antes do Fim. (o Grupo do 4º dia apaga sua vela).
O Homem disse: Tomemos todos os peixes das águas e os animais das florestas. Que a pesca seja permitida em todos os tempos, por esporte, necessidade ou crueldade. Joguemos petróleo e veneno no mar, para que assim os peixes morram envenenados e as praias fiquem mal cheirosas e poluídas. E disse ainda mais: criemos um esporte entre os homens, para que possamos matar as aves do céu, e que seja o vencedor aquele que mais aves conseguir matar ou abater. E assim se fez. O homem viu que assim era melhor, foi a Quinta Noite Antes do Fim. (o grupo do 5°dia apaga a vela).
Disse o Homem: cacemos à vontade, os animais da floresta, façamos tapetes, calçados e roupas com a sua pele. E aqueles que ainda sobrarem, serão trancados, domesticados, sirvam de lazer e experiências de laboratório. E por fim gritou sem pudor: façamos um grande deus á nossa imagem e semelhança. Que ele abençoe tudo o que nós fizemos, esteja a serviço de nossas ideologias e projetos, sirva de acomodação para homens, tomando várias formas na vida das pessoas. Que cada um possua seu próprio deus, seja o deus do lucro e da ganância, da técnica, do poder ou do prazer. Que estes deuses dominem o homem e o façam cada vez mais egoísta. E assim foi. Foi a Sexta Noite, Antes do Fim.( o grupo do 6°dia apaga a sua vela).
Na Sétima noite, o homem ficou só, cansado e vazio. Não havia nada sobre a face da terra. Um frio e um tremor o envolveram por toda parte. Só havia ódio, discórdia e morte. No meio daquela solidão, quase infinita, caiu a peste. Foi o Fim do homem. Veio então a ventania ensurdecedora, arrastando o nada que havia ficado. Uma escuridão espantosa tomou conta de tudo. Era o caos! (pausa)... Depois, muito depois se fez um silêncio encantador, uma brisa suave começava a passar... Era o Espírito de Deus pairando novamente sobre a terra!
Silêncio para meditação. Dá-se um tempo para que cada um possa expressar, orando, o que sente.
Comentarista: Nosso Deus é um Deus rico em misericórdia e bondade. Ele perdoa os nossos pecados. Escutemos a palavra de Deus.
Leitor 01: Is 9,1-6
Entoa-se um canto e a medida que vão cantando, alguém se aproxima da vela central, que ficou acesa, acende a sua vela e vai passando a outros.
A morte só se vence com a solidariedade daqueles que são capazes de ser luz e passar a outros a mesma luz.
Olá, eu sou Jorge Mendonça, mejista de Angola, vi o vosso blogger e interessei-me bastante com esta dinâmica. É uma boa dinâmica para o tempo quaresmal. Um abraço fraterno
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